terça-feira, 10 de setembro de 2013

Nova reportagem do jornal O Globo





Grupo luta para impedir represa em Cachoeiras de Macacu

CACHOEIRAS DE MACACU - Causa polêmica e temor entre os moradores da região a construção de uma barragem no Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, prevista para ser iniciada até o fim do ano. O projeto prevê o alagamento de uma área rural de dois mil hectares, o equivalente a dois mil campos oficiais de futebol. Um grupo luta na Justiça para impedir que a obra seja feita.

Segundo ele, o grupo tem uma ação em andamento no Ministério Público federal. Recentemente, inclusive, representantes do órgão fizeram uma visita à região. Além disso, no mês passado, foi firmado um acordo técnico com o Comitê de Bacias Leste para a criação de uma proposta alternativa.— É um crime social, ambiental e econômico inundar uma área desse porte. Já apresentamos soluções mais viáveis, que inclusive vão recolher uma água de melhor qualidade — diz Luiz Drude, cofundador do Projeto Gaya Viva (entidade que acompanha as reivindicações dos agricultores).
— Apesar disso tudo, sabemos que o governo continua fazendo levantamentos e intervenções pela região para o início do projeto. Não há diálogo algum conosco — diz.
De acordo com o Sindicato dos Produtores Rurais da região, a represa vai submergir uma área agrícola com produção de frutas, tubérculos e leguminosas que rende cerca R$ 240 milhões ao ano, envolvendo cerca de 300 pessoas.
O agricultor Rafael Aníbio é uma das pessoas que trabalham na região. Ele se diz contra o projeto.
— Acho um desperdício inundar essas terras. Muitas famílias vivem trabalhando aqui — revolta-se.
O Gaya Viva elaborou um dossiê com argumentos para que a obra não seja feita. Entre eles, o grupo cita o risco de uma súbita elevação no preço de verduras e leguminosas no estado, já que a região é hoje responsável por, em média, 85% do abastecimento do Cadeg; e a extinção de duas espécies locais, o sapo da família Leptodactylidade e o peixe anãoNotholebias minimus.
Já a Secretaria estadual do Ambiente, responsável pelo projeto, alega que inundar a região foi a melhor das alternativas estudadas.
De acordo com o secretário da pasta, Carlos Minc, a barragem deve aumentar em 70% a capacidade do sistema Imunana-Laranjal, que abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e a Ilha de Paquetá. As projeções indicam que, até 2030, a população da região vai ultrapassar 2,2 milhões, com o Comperj.
— Esta área representa 5% da zona agrícola da cidade e lá vivem cerca de 200 pessoas. Foram feitas reuniões com sindicatos, prefeitura, e o projeto sofreu várias alterações depois disso — diz.
Em contrapartida à inundação, a cidade receberá mais ICMS Verde, por fornecer água a outras regiões do estado. E também receberia R$ 19 milhões do Fundo Estadual de Conservação Ambiental, além de R$ 35 milhões do governo federal para o saneamento.

Assista o video

http://oglobo.globo.com/videos/t/todos-os-videos/v/catalogo/2808242



VEJA A MATERIA COMPLETA EM;


http://oglobo.globo.com/bairros/grupo-luta-para-impedir-represa-em-cachoeiras-de-macacu-9829751


Retificações sobre a matéria.

" — Esta área representa 5% da zona agrícola da cidade e lá vivem cerca de 200 pessoas. "
Lá vivem mais de 20.000 pessoas.

"... envolvendo cerca de 300 pessoas...."
São 3000 empregos diretos + 3000 indiretos 

EM AMBOS OS CASOS HOUVER ERRO DE DIGITAÇÃO.